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O Anão, Pär Lagerkvist (Tradução de João Pedro de Andrade)
Diário de um monstro e crónica de intrigas de uma sumptuosa corte italiana na Renascença, O Anão (1944) é um retrato exemplar da perversidade humana e uma exímia dissecação do mal. Piccolino é um anão na corte de um poderoso príncipe, que espia, despreza e tortura os que o cercam. Mas, abandonado pela mãe à nascença e rejeitado pelo mundo devido à sua fealdade assustadora, o seu ódio ao ser humano é o reflexo desesperado da sua solidão. É por este emissário acometido por delírios de grandeza que assistimos a conspirações, a traições, à peste que assola a corte e a assassínios. É por ele, também, que vemos o que o protagonista se recusa a ver: a sua deformidade moral, e não a física, é a origem do mal que o rodeia, e a sua maldade faz dele uma criatura mesquinha e miserável. AUTOR LAUREADO COM O PRÊMIO NOBEL DE LITERATURA DE 1951.
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