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Instâncias e Pertinências - Filosofia, Sérgio Furtado
O sistema de crenças não se opõe ao significado, é justamente ele que torna possível o mesmo para o sujeito. A proposição quando subordinada à norma, assume caráter de verdade. A verdade passa a ser então subordinada a este sistema. Ao mesmo tempo a verdade tem uma procedência intersubjetiva ao qual o sistema de crenças se subordina e é norteado. Na realidade este sistema se nutre da verdade disponibilizada pela intersubjetividade, o que se constitui a reflexão da norma, e em última instância, a manifestação coletivizada do Outro. O que é este "sistema de crenças"? Parece ser a conexão do sujeito com a intersubjetividade, esta lhe garantindo o referencial de certeza que este necessita pontualmente. Ao mesmo tempo, porém, que este se nutre dela, ele mesmo a reflexiviza na perspectiva da individualização. Neste momento a nega dialeticamente e a reconstrói segundo uma concepção da pessoalidade, isto é, lhe impõe a subjetividade e a torna pertença sua. Aí se exacerba a pretensão criativa de si mesmo, o milagre da sua autocriação. Apoteosifica-se, mas imediatamente, se apercebe através do próprio processo reflexivo que tem seus pés de barro, e que a pretensão da certeza que ora lhe domina, é algo transitório e que necessita compor com a também pretensão de certeza do Outro, se quiser sustentar a sua divindade fugaz e passageira. Conclui-se, então, que a intersubjetividade lhe é imprescindível, como também o é a sua negação. Talvez residisse aí razão do existir para o sujeito, e se consolidasse a pretensão do poeta "Navegar é preciso, viver não é preciso". Reflexivizar a certeza basta, ela garante a pretensão subjetiva permanentemente. Retirado da contracapa da obra.
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