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O Jazz do Cidadão de Arco-e-Flecha, Thiago de Oliveira Santiago.
Em um conto escrito sobre a derrubada do Grande Hotel, Vicente Salles lembrou do sentimento dançante presente na memória dos que viveram um baile de outrora. Foi o que chamou do jazz do cidadão de arco-e-flecha, conceituando o repertório executado por músicos atuantes do cenário de divertimento noturno paraense. Este estudo focaliza o entendimento das formas do jazz na capital paraense durante 1922-1932, conforme noticiado na grande imprensa. Para isso, procuramos entender o jazz enquanto fenômeno cultural urbano, caracterizando a multiplicidade que este fenômeno acaba ganhando na temporalidade analisada e, assim, compreendendo a história do jazz para além das fronteiras dos Estados Unidos. Nacionalmente, rompemos o tradicionalismo onde a construção da história do jazz no Brasil parte dos grandes centros urbanos, entendendo as diversas trajetórias, respeitando sua pluralidade, críticas e seus diálogos com as mais distintas vanguardas.
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