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cód.: 7572

Antologia dos Poetas Santarenos, Vários Autores (Organização de Emir Bemerguy)

LIVRO COM LOCAÇÃO CONDICIONAL - LIVRO RARO OU FORA DE CATÁLOGO - LOCAÇÃO COM ASSINATURA DE TERMO DE COMPROMISSO. Em 21 de julho de 1998, tive o prazer de conhecer pessoalmente Helcio Amaral, coordenador municipal de cultura de Santarém durante mandato do prefeito Lira Maia. O encontro deu-se na casa de Helcio Amaral, situada próximo à Praça “dos Três Patetas”, como o povo designa tão importante logradouro público. Lembro que Helcio Amaral falou-me do trabalho da arqueóloga Betty Meggers, da Smithsonian Institution, que, já na década de 50, a partir de escavações feitas no Marajó, defendeu a tese de que os vestígios de uma civilização superior no Grande Vale teriam resultado de fracassada migração de povos andinos, civilizados, para a Amazônia, e não da atividade de povos locais. Lembro, também, que Helcio Amaral mostrou-me uma pequena peça de cerâmica que teria sido encontrada na região do Rio Nhamundá (ou Tapajós?). Tratava-se, segundo ele, de um dos cobiçadíssimos muiraquitãs que as Icamiabas (índias guerreiras ou Amazonas) usavam como sortilégio. Quase lhe pergunto por que essa peça tão valiosa estava em sua casa e não no Museu de Santarém. Entretanto, o que resultou de mais valioso da minha visita a Helcio Amaral foi o exemplar que ele me ofertou da preciosa “Antologia dos Poetas Santarenos”, organizada pelo poeta Emir Bemerguy. “Ao Nicodemos Sena, para que conheça um pouco de nossa beleza poética. Abraços. 20/7/98. Helcio Amaral”. Foi essa a dedicatória que Helcio escreveu no livro. Com efeito, a antologia dos poetas santarenos é uma joia de “beleza rara”. Uma das coisas preciosas do meu “balaio amazônico”. A velha-guarda da poesia de Santarém esta nela contemplada. Daniel Rebouças Albuquerque, Felisberto Jaguar Sussuarana, Felisberto Aloísio Carvalho Sussuarana, Firmo Antônio Oliveira da Paz, João Evangelista Damasceno, José Wilson Malheiros da Fonseca, Padre Manuel Rebouças Albuquerque, Paulo Rodrigues dos Santos, Ruy Guilherme Paranatinga Barata, Silvério Sirotheau Correia, Wilmar Dias da Fonseca e o próprio organizador da antologia, Emir Hermes Bemerguy, aparecem com seus poemas no livro. A poesia da antologia, salvo em raros momentos, é vazada na ultrapassada forma de escolas literárias como o Romantismo e o Parnasianismo, mas não deixa de ter o seu valor, ainda hoje, como fonte de pesquisa para quem quiser conhecer vários aspectos da cultura santarena, como se pode ver no seguinte soneto, do Padre Manuel Rebouças Albuquerque: IMAGEM QUE NÃO SE APAGA “A praia branca... O Tapajós que desce... As lavadeiras... E... brincando no ar... A roupa já lavada... em branca messe De poesia a Cidade a embandeirar...” “Que poeta haveria que soubesse Traduzir a poesia jubilar Das gaivotas que em voo em forma de “S” Cumprimentam veleiros a chegar?!...” “E a Matriz... o “Castelo”... A “Primavera”... “Santa Clara”... e essa Festa que se espera, A Festa Popular da Conceição!...” “É esse o Santarém da minha infância!... E quando, ao longe, aspiro essa fragrância, Pelos olhos me escorre o coração!...” Padre Manuel Rebouças Albuquerque nasceu em Eurunepê, Estado do Amazonas, em 16/07/1907, e faleceu no Rio de Janeiro aos 7 de janeiro de 1977. Passou apenas a infância em Santarém, o suficiente para que jamais a esquecesse. O poema acima foi escrito em Braga (Portugal), para o Centenário da elevação de Santarém-Pará à categoria de Cidade, em 1948. A regra é uma fotografia valer mais do que mil palavras, mas, sem nenhum exagero, seria lícito afirmar que esse poema do Padre Manuel Rebouças Albuquerque informa mais do que milhares de fotografias. Por ele ficamos sabendo que as mulheres de Santarém (“as lavadeiras”) desciam ao Tapajós para lavar as roupas da família; que gaivotas a voar em forma de “S” cumprimentavam os veleiros que chegavam ao porto de Santarém; e que já havia a “Matriz”, o “Castelo” (de cujo pináculo cheguei a saltar sobre as águas do Tapajós em minha doce e irresponsável infância), “Santa Clara”, e “essa Festa que se espera”, a festa popular de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Santarém. A “Antologia dos Poetas Santarenos” é mesmo uma joia de “beleza rara”, que pode até pecar pelo derramamento das imagens e redundância dos temas (exaltação do lugar e da madre imaculada), mas deve ser preservada como registro de uma época que não volta mais e de uma cidade que vai sendo varrida das lembranças.
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 Informações complementares
  • Capa comum: 186 páginas
  • Editora: ICBS
  • Ano: 1998
  • Idioma: Português

Localização: B869.1 - Literatura Brasileira; Literatura Paraense; Literatura Santarena

Última data para devolução: 06/11/2021;

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